domingo, 1 de setembro de 2013

Vou abrir meu coração...

Hoje já é setembro. Pela quantidade de trabalhos em andamento eu deveria exclamar em tom de susto. Mas, o motivo pelo qual eu vim até aqui para abrir meu coração a vocês pede que eu diga em tom de alívio que, enfim, setembro chegou.
Quem me conhece bem sabe de algumas características minhas... adoro internet, mas sou daquelas que utiliza com moderação. Não exponho tudo. Não conto detalhes. Isso porque não vivo virtualmente. Gosto de estar perto, estar junto dos meus e dos que gostam da minha presença. Isso é na vida pessoal e no trabalho também. 
Tenho coração de manteiga. Sou emotiva. Da mesma forma que o riso, por aqui o choro é fácil. Mas, confesso: prefiro o riso fácil. 
Houve um tempo em que eu até endureci. Não me assustava com muita coisa (quase nada me impressionava). Acho que o dia-a-dia de estar atrás de tudo o que acontecia, ainda que nos bastidores da edição, ajudou. Mas, no fundo, eu sempre preferi as confraternizações, os sorrisos, os bons motivos. Prefiro ver a vida por um ângulo mais leve, mais ameno. E estar com as "minhas" crianças e famílias queridas faz parte dessa Débora que muitos nem imaginam.
Mas, você deve estar se perguntando o por quê desse post, dessas palavras, certo? Pois bem...
Alguns clientes sabem, parcialmente, como foi este mês de agosto pra mim. Nunca tive motivos para achar que agosto seria, como muitos dizem, o mês do desgosto, e tenho bons motivos para isso. Mas...ticontá! Esse mês de agosto, especialmente os últimos 20 dias, foram só pedradas. E, mais do que nunca, eu tenho certeza: não sei lidar com perdas. Não estou preparada. Não me sinto confortável pensando no sofrimento das pessoas que amo.
Em agosto, a morte apareceu várias vezes em minha vida. Perdi um tio muito-muito querido, pai de primos que amo como irmãos. E, pra mim, foi "num de repente". Um susto. Mas, além dele, mais pessoas queridas se foram ou perderam alguém importante. E, comigo é assim: se alguém que gosto muito sofre, sofro junto. 
Seis pessoas com as quais tinha algum tipo de relação (direta ou indireta) se foram neste agosto de 2013. Algumas já debilitadas, outras por uma estupidez do destino. Uma peça pregada pelo Criador (pensar que Deus escreve certo por linhas tortas é um alento e tanto). 
Ontem, quando pensava que, enfim, esse agosto negro já tinha acabado, foi-se o último. Pai de uma menina linda, que vi crescer junto da minha irmã e suas amigas, e filho de uma tia por quem tenho o maior carinho do mundo e que esteve presente em diversos momentos importantes da minha vida. 
Pedrada é pouco, né?
Por isso tudo eu quis passar aqui. Foram muitos trabalhos (e grandes!) no mês de julho e primeira quinzena de agosto e, muitos deles, não apareceram por aqui, nem no Face e, alguns ainda estão em fase de finalização. Estive travada, lenta, triste, esgotada mentalmente e até o físico sentiu. Mas, o trabalho está seguindo em frente e o que estava parado já está em movimento de novo. Muita coisa sairá daqui esta semana direto para as casas dos meus queridos clientes. 
Abri meu coração porque, com tudo o que aconteceu, vi que preciso mudar algumas coisas por aqui e desvirtualizar ainda mais que antes e dividir melhor o tempo. Não quero sentir, de novo, que poderia ter visto ou falado mais com aquela pessoa antes que ela partisse. Não quero!
E não quero, também, travar mais desse jeito que travei. Então, Pai de todos nós, segura a onda um pouquinho porque meu coração de passarinho não dá mais conta. Não quero me acostumar com a morte. Quero, apenas, tempo pra respirar entre uma e outra. Afinal, o amanhã a Deus pertence, não é?
Desculpem o desabafo e o longo texto. Mas, se tem outra coisa que é muito tipicamente minha é falar (e escrever) demais!

Que venha um setembro abençoado, com sua primavera exuberante e novas e felizes histórias. Mas, antes de ir, deixo uma música que gosto muito e dedico aos meus queridos que eu pude ou não abraçar nesses dias difíceis. Deus está no comando. 

De agosto quero guardar os dias coloridos que passei com meus pequenos modelos e suas famílias ou junto aos congadeiros da região e toda sua alegria. Foram essenciais!

"Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz...sentirá o ar sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis...mas você vai rir, sem perceber". Tomara!!! (Marcelo Jeneci)




Nenhum comentário: